quinta-feira, 5 de maio de 2011

Algumas questões para reflexão dos meus alunos (e de quem se interesse por estas coisas)

- Em que medida (e por que razão) é que a interpretação de Marshal Sahlins dos grupos de caçadores-recolectores como "sociedades da abundância" põe em causa os pressupostos (e definições) clássicos da economia?

- Que semelhanças e diferenças é que existirão entre o "desaparecimento do produtor no produto", que Geffray aponta na economia Macua, e fenómenos que ocorrem nas sociedades capitalistas?

- A julgar pelo caso do fracasso das "aldeias comunais" em Moçambique, de que forma podem os factores ecológicos, políticos e simbólicos ser obstáculos importantes para projectos de "desenvolvimento rural"?

- É concebível (e em que condições) que a crença em espíritos e feitiços seja compatível com a segurança e o trabalho em indústrias modernas de tecnologia complexa?

-Será que a crise dos mercados financeiros, de que continuamos a sofrer as consequências, teria sido possível caso as pessoas que neles transeccionam não absolutizassem a teoria marginalista do valor e não encarassem "o mercado" como uma entidade supra-individual e com racionalidade própria?

Há entretanto, em posts mais abaixo, ligações para vários outros textos relevantes para a antropologia quer de contextos económicos não-capitalistas, quer do capitalismo moderno.

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