... que talvez devessem interessar a quem quer que se interesse por Antropologia Económica:
- Será que os "objectos de prestígio" estudados por Marcel Mauss no Ensaio Sobre a Dádiva eram, como ele sugere, antecedentes da moeda, ou eram exactamente o inverso de moedas?
- Em que medida é que a interpretação de Marshal Sahlins dos grupos de caçadores-recolectores como "sociedades da abundância" põe em causa os pressupostos (e definições) clássicos da economia?
- Será mais esclarecedor e adequado abordar o sistema económico Inca a partir da lógica da reciprocidade (como Wachtel), ou da manipulação ideológica da expoliação económica (como Godelier)?
- Que semelhanças e diferenças é que existirão entre o "desaparecimento do produtor no produto", que Geffray aponta na economia Macua, e fenómenos que ocorrem no nosso tipo de sociedades?
- É concebível que a crença em espíritos e feitiços seja compatível com a segurança e o trabalho em indústrias modernas (piscadela de olho, claro, às minhas pesquisas na Mozal)?
- Será que o facto de as pessoas que negoceiam nos mercados financeiros partilharem a teoria marginalista do valor (em que este só existe no mercado, pelo jogo da oferta e da procura) nos ajuda a compreender as práticas aparentemente irracionais que conduziram à actual crise económica?
- Continua a existir centralidade do trabalho, nesta época de globalização?
Excellent anthropological writing?
Há 15 anos